terça-feira, 8 de janeiro de 2008

auto destruição

como acolher cupins em casa de madeira
viver é escorrer pelo ralo
desperdiçar a vida
criar sempre nada
apenas consumir e parasitar

tanatos tantas vezes vence eros
a errância de eros vira tanatos
jarro sem fundo

a beleza é fátua
alegrias fátuas
vida temporária
efeméride

a auto destruição não é minha
não é do eu, não é de si
o eu não há
quem se destrói é a mesma força criadora do universo
senhor sriva nataraja
a dança da criação e da destruição

o que querem os genes ao se reproduzir?
ao gerarem sempre uma nova geração?

esta força contrária da única
criação destruição

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